top of page
Buscar
  • Foto do escritorIsa Pitanga

O amor é paciente

O amor é luz. O amor percorre as tuas curvas e se dissolve em paixão. O sol tem mais luz esta manhã enquanto olho pela janela sem ver, a lembrar da noite que já se foi mas no meu peito ainda vive.

O amor é paciente. Diz-me, espere um pouco. Já tudo se resolve e ficaremos juntos. Logo o dia vai-se e tenho a ti outra vez. Espero o copo esvaziar para que enchas outra vez com os beijos que guardas só para mim.

Mas o amor não é pra sempre da mesma maneira. Corre aqui um boato de que o amor precisa de cuidado e carinho. Ser alimentado com juras e carinhos. Ouvi atrás da porta que tens de aproveitar antes que o dia acabe para me conquistar.

Não me esqueças, tenho cá você em meu peito. Mas não me escondas da tua vida. Eu bem que gostava de estar nos teus braços agora, mas tens lá suas coisas e eu não estou na tua agenda oficial.


Me perco em sonhos embalados por expectativas apenas minhas. Não sei o que vai no teu coração. Escondes de mim a tua alma porque? Sei que tens algum sentimento por mim e então, que fazes? Me responde com um sorriso quando quero ouvir um eu te amo.


O amor é paciente, mas precisa mais do que um sorriso. Não quero que o amor esteja estampado nas redes sociais, mas estou mesmo disposta a viver esse amor sem me esconder do sol que brilha alto agora.


No jardim, fico a observar as nuvens no céu e tenho saudade do tempo que podia correr como as nuvens do céu para onde eu quisesse. Tenho saudade do tempo em que meus olhos viam a ti. Hoje meus olhos vêem a cama vazia, a água a ferver sem ter uma xícara para fazer o chá.


Abraça-me forte e vem tirar-me da solidão dos meus dias.

Caso pergunte por mim, estou a passear no jardim, entre as flores a encontrar-me outra vez dentro de mim. Há uma canção a tocar, mas acho que é só o vento a soprar-me que a primavera está a chegar.


O amor é complicado. Entre o que é e o que pode vir-a-ser o que é melhor escolher? Se estamos falando com aquele nosso lado terra, aquela pessoa que não dá um passo sem ter certeza de onde vai pisar, então, sem dúvida, sempre escolhemos o que é. Mas sou vento também, e como o ar, sou livre e sempre estou a espiar o que há ali adiante, depois das montanhas com que me cercaste para ficar protegida.


A lei que rege o amor não pode ser descoberta pela razão.

Fecho meus olhos e a verdade é que ninguém pode viver e amar por nós afinal. Ao eliminarmos 0 que os outros têm a dizer sobre o nosso dilema, e também as preocupações sobre as consequências da escolha, poderemos ser honestos com nós próprios, e assim descobrir que nosso coração já desde o início tomou uma decisão.


Fundamental estar consciente de que, não importa qual escolha façamos, sempre ganharemos uma coisa e perderemos outra. Seja qual for nossa decisão, sempre haverá um sacrifício, pois é impossível ter o melhor de dois mundos.

5 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page